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Construção civil dá sinais de desaceleração

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Daniela Amorim

Os reajustes salariais dos trabalhadores da construção civil este ano estão menores do que os registrados em 2011, sinal de tendência de desaquecimento do emprego no setor. A mão de obra subindo menos já desacelera a inflação da construção, medida pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em junho, no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna, o INCC apontou uma alta acumulada de 7,04%, enquanto a taxa vinha rodando a 8% em meses anteriores, ressaltou Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV.

“Isso está acontecendo num momento em que a construção mostra uma certa exaustão. O setor tem dado indicações de que anda um pouco mais devagar. Os empresários estão menos otimistas, a demanda mais retraída, e o crédito ficou menos favorável do que antes. O resultado é que se contrata menos e os reajustes dos trabalhadores não são mais tão altos”, afirmou Quadros.

O reajuste salarial da categoria em São Paulo este ano foi de 7,47%, contra um aumento de 9,75% em 2011. Brasília também teve aumento menor este ano, de 9,75%, ante 15,81% em 2011. Em Salvador, os empregados da construção receberam reajuste de 9%, após um aumento de 10,23% no ano passado.

“O comportamento, de um modo geral, é de desaceleração. Em 2012, o aumento salarial está predominantemente menor do que em 2011”, disse Quadros. “Não sei se isso levará a uma redução de um ponto porcentual na inflação da construção, mas tranquilamente ela vai fechar abaixo do que fechou em 2011 (7,49%)”. Na passagem de abril para maio, a atividade de construção dispensou 55 mil trabalhadores, um recuo de 2,9% na população ocupada no setor, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


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